« Colorindo os jardins do nosso Inverno cinzento, quando tudo nos campos é morte e desolação...»
Introduzida entre nós na época dos descobrimentos – há registos que Fernão Carvalho da Cunha Coutinho a trouxe da Índia no Sec. XVI para a sua casa em Celorico de Basto – a camélia suscitou um grande fascínio, transformando-se em flor inspiradora de paixões, musa de pintores e romancistas.
No Séc. XIX, em pleno romantismo, surge uma nova concepção de jardim, associada à arte de trabalhar as plantas, ou topiaria, que alguns proprietários introduziram em Basto originando aqueles que, justamente, são considerados dos mais belos Jardins de Portugal. Esculpidos na natureza, em perfeita sintonia com a afirmação arquitectónica das construções, constituem um precioso tesouro do património local que não se esgota no monumental, transformando-se num emblema regional.